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Citogenômica

Citogenômica

A FISH é um teste citoquímico  que permite a ligação de moléculas de DNA (sondas) a uma sequência cromossômica complementar.

Esse teste é muito utilizado quando se tem uma suspeita clínica específica, pois é necessário direcionar o local cromossômico para a seleção da sonda (sequência de DNA) a ser utilizada.

A FISH é muito utilizada para diagnóstico de alterações cromossômicas estruturais e síndromes de microdeleções, para prognóstico e evolução de câncer ou para identificação de uma alteração cromossômica já diagnosticada.
A técnica da FISH não substitui a citogenética clássica, mas atua como uma investigação complementar, realizando um diagnóstico mais refinado de microalterações.

Ex: Paciente com Síndrome de Williams-Beuren: -ish del(7)(q11.23q11.23)(ELN-) (ISCN 2016)
Imagem dos arquivos do DNA Laboratório de Genética

 

INDICAÇÕES:

A técnica de FISH permite identificar regiões específicas no genoma humano, podendo ser utilizadas para:
A- Diagnóstico de síndromes de microdeleção;
B- Diagnóstico de infertilidade: pesquisa de aneuploidias em espermatozoides.
C- Diagnóstico de leucemias
D- Pesquisa de alterações específicas: mosaicismo e pesquisa de cromossomo Y na Síndrome de Turner; pesquisa de alterações cromossômicas estruturais conhecidas.

As principais Síndromes de microdeleção diagnosticadas pela FISH são:

Síndrome da microdeleção 22q11 ( DiGeorge/VCF)–   22q11.2
Síndrome de Cri-du-chat –  5p15
Síndrome de Prader Willi/Angelman –  15q11-13
Síndrome de Williams  – 7q11.2
Síndrome 1p36
Síndrome Wolf-Hirschhorn  – 4p16.3
Síndrome de Langer-Giedion – 8q24.1
Síndrome de Smith-Magenis  – 17p11.2
B  Diagnóstico de Infertilidade: pesquisa de aneuploidias em Espermatozóides


Estudos demonstram que aneuploidias para os cromossomos sexuais são mais frequentemente aumentadas em homens com oligoastenoteratozoospermia (OAT), sugerindo que os cromossomos sexuais podem ter uma susceptibilidade aumentada para erros de segregação na espermatogênese, ou que a maturação do espermatozóide é suscetível a erros durante a segregação dos cromossomos sexuais comparado aos autossomos. Pacientes com alteração na concentração de espermatozóides tem uma taxa significativamente elevada de alterações cromossômicas identificáveis por FISH.

Além disso, a técnica de hibridação in situ por fluorescência (FISH) é capaz de identificar o percentual dos pacientes inférteis com cariótipo normal que apresentam células espermatogênicas alteradas.

C– Diagnóstico de Leucemias 

A metodologia da FISH expandiu significantemente o conhecimento sobre novas anomalias cromossômicas do câncer.  A informação citogenética das condições hematológicas tornou-se crucial para os médicos, tanto que foi incorporada ao estudo das leucemias e linfomas. Rearranjos cromossômicos em leucemias e linfomas produzem genes de fusão codificadores de proteínas quiméricas e anormais. Ex: cromossomo Filadélfia (t(9:22)(q34.1;q1.2)), gene de fusão ABL1 e BCR.

D– Pesquisa de alterações específicas: mosaicismo e pesquisa de cromossomo Y na Síndrome de Turner; pesquisa de alterações cromossômicas estruturais conhecidas

A Síndrome de Turner é uma patologia causada pela ausência ou por alterações estruturais em um dos cromossomos do par sexual. O fenótipo das pacientes é muito variável e o diagnóstico citogenético geralmente é realizado pela técnica de bandeamento G que demonstra resultado 45,X em cerca de 50 a 60% dos casos. No entanto, o avanço das técnicas citomoleculares como a FISH têm revelado que a frequência de mosaicismo cromossômico é maior do que o observado pela citogenética clássica, inclusive com o aumento na detecção de casos com presença de material proveniente do cromossomo Y, cuja relevância é justificada devido ao risco aumentado do desenvolvimento de gonadoblastoma nessas pacientes. Outra questão a ser considerada consiste na análise de outro tecido, uma vez que o mosaicismo pode não ser detectado em sangue periférico, mas pode ser significativo em amostras de tecidos com outra origem embrionária como, por exemplo, células da mucosa oral.

Análise de Microarranjos (CGH-array / SNP-ARRAY)+
As análises cromossômicas utilizando microarranjos de DNA têm permitido identificar deleções e duplicações de segmentos genômicos menores que 5Mb, ampliando bastante a taxa de diagnóstico genético de anomalias congênitas. Tais variações são baseadas em polimorfismos genéticos que podem ser do tipo Single Nucleotide Polymorphism (SNP) ou Copy Number Variation (CNV). 

As análises por CGH-array/SNP-array tem sido indicado pelo ISCA (The International Standard Cytogenomic Array) Consortium como primeiro teste a ser realizado em pacientes com cariótipo normal e atraso de desenvolvimento neuro psicomotor, atraso de crescimento, deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista e anormalidades congênitas. Esse teste tem aumentado em 15-20% a taxa de diagnóstico nesses pacientes.

O DNA Laboratório realiza a análise de CGH-array/SNP-array utilizando plataforma Thermo Fisher com a lâmina Cytoscan-750k, que possui 750.000 marcadores moleculares incluindo 200.000 SNPs que cobrem todo o genoma humano, possibilitando identificar perdas cromossômicas a partir de 100kb e ganhos a partir de 200kb, além de identificar locais com perda de heterozigosidade e mosaicismos (acima de 30%).

Ex: Paciente com deleção 15q26.2
arr[hg19] 15q26.2q26.3 (96,878,099-102,397,836)x1
 

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