Autocoleta para Genotipagem de HPV Alto Risco
O DNA Laboratório lança o primeiro serviço de autocoleta para o diagnóstico do Papilomavíris Humano (HPV) no Nordeste. Por intermédio do sistema de autocoleta vaginal desenvolvivo pela BD, uma das maiores empresas de tecnologia médica do mundo, a amostra pode ser coletada pelas próprias mulheres e por homens transgêneros e, em seguida, encaminhada para o laboratório que emitirá o laudo do exame.
Esse novo método de coleta contribui para ampliar o diagnóstico do câncer do colo do útero no país, além de ser menos invasivo e possuir precisão comparável ao realizado no consultório médico. Esse é o primeiro serviço de autocoleta a ser disponibilizado no estados da Bahia (Salvador, Itabuna e Vitória da Conquista), Ceará (Fortaleza), Sergipe (João Pessoa) e Alagoas (Maceió).
"A autocoleta tem um papel fundamental na ampliação do rastreio da doença. O procedimento é menos invasivo, acessível e tem alta precisão nos resultados, como os método realizado em clínicas e laboratórios”, afirma Betânea Toralles, médica geneticista e responsável técnica do DNA Laboratório.
O Papilomavírus Humano é um grupo com mais de 200 tipos de vírus, sendo que ao menos 14 são considerados oncogênicos , apresentando maior probabilidade para o desenvolvimento de infecções persistentes, além de estarem associados a lesões precursoras do câncer do colo do útero.
Os tipos de HPV com potencial para causar a doença são as variantes 16 e 18, que estão presentes em 70% dos diagnósticos da doençai. No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro com maior incidência entre as mulheres brasileiras. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) projeta que 17 mil pacientes serão diagnosticadas com a doença no triênio 2023 e 2025 . Na região Nordeste, esse é o segundo tipo de câncer mais incidente com a expectativa de 5.280 novos casos².
“O rastreamento do câncer colo uterino ainda é feito por meio do exame citológico. Hoje entendemos que a melhor forma de diagnosticar esse tipo de tumor precocemente é por intermédio de exames periódicos combinados com testes do HPV”, complementa. Betânea.
Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma Estratégia Global para erradicar o câncer do colo do útero, estabelecendo metas a serem alcançadas até o ano de 2030. A estratégia prevê a imunização de 90% de meninas e meninos de 9 a 14 anos contra o HPV; 70% de pacientes com útero, que realizem ao menos dois testes de alta precisão ao longo da vida, aos 35 e aos 45 anos, e que 90% dos pacientes diagnosticados com lesões pré-cancerígenas ou com câncer do colo do útero recebam tratamento.
Como funciona a autocoleta
O sistema une praticidade à privacidade, permitindo que os próprios pacientes façam a coleta do material vaginal em qualquer lugar. A BD disponibiliza ao mercado duas opções de dispositivos de autocoleta que podem ser realizadas em consultórios, no trabalho, em casa ou no local de preferência do paciente. Trata-se dos primeiros dispositivos deste tipo para a detecção do HPV aprovados por entidades nacionais e internacionais.
“Com a autocoleta, as chances de detecção precoce do vírus HPV aumentam e o tratamento para impedir que lesões do colo do útero se tornem cancerígenas alcançará maior sucesso. Essa tecnologia garante praticidade e ajuda a ampliar o acesso à saúde, principalmente em regiões remotas ou com acesso limitado aos cuidados de saúde”, finaliza a ginecologista Neila Speck, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e presidente da Comissão Nacional Especializada no Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).